Entrou na faculdade? Conte pra nós

Finalmente os vestibulares chegaram ao fim, e com eles, um ano em que você, com certeza, lutou muito. O cursinho Chico Mendes quer PARABENIZAR cada estudante que passou por nosso cursinho. Você já é vitorioso por ter enfrentado as batalhas cotidianas que impedem milhões de jovens de estudar.

Se você foi aprovad@ em algum vestibular de Universidade pública ou particular, vestibulinho, foi selecionad@ no SISU, PROUNI ou algum outro processo seletivo, conte pra gente!

 

Podemos publicar seu nome na lista de aprovados no site do Emancipa?

Material abordado na Gramática

Meus Caros e minhas caras,

Segue abaixo à apostila de revisão dos conteúdos vistos no último semestre e o último conteúdo abordado em sala de aula.

Também posto aqui as listas de exercícios sem as resoluções.

Quem quiser as resoluções envie um e-mail para: eli_graci@hotmail.com

Para os alunos da sala 3 e 7 infelizmente não consegui dar a revisão antes do simulado, por isso, peço que estudem todo o material abaixo e tirem suas duvidas nos grupos de estudos e plantões de duvidas.

Dia 08.08.15 darei uma ultima revisão abordando os principais pontos da morfologia antes de entramos na tão sonhada sintaxe.

Bons estudos. Bom simulado.

Qualquer coisa manda e-mail….whatsapp ou um grito de socorro…

Bjs…

Sarah

Revisão Tirinha-1 Preposições e Conjunções Lista 1 de exercicios lista 2 exercicios Lista 3 exercicios

Vem aí o 7º Dia na USP

Venha conhecer e ocupar a USP com o Cursinho Popular Chico Mendes da Rede Emancipa!

O Cursinho Popular Chico Mendes

 

Estudar numa universidade pública e de qualidade é o sonho de muitos jovens. A imensa maioria deles estudou em escola pública e muitos acreditam que uma universidade como a USP não é o seu lugar. A Rede Emancipa existe para dizer o oposto: a universidade pública é direito de todos e todas! Se hoje não é assim, nós estudaremos e lutaremos para conquistar nosso direito!

O Dia na USP existe para por em prática esta luta. É um dia em que reunimos os estudantes e os educadores de todos os cursinhos do Emancipa São Paulo na USP para que juntos conheçam de perto o que é a Cidade Universitária, seu espaço, suas carreiras, sua história. Compartilhar conhecimento é compartilhar poder.

 

Cronograma de organização para o dia na USP

-Neste sábado dia 18/04 estaremos recolhendo o dinheiro das marmitas que custará R$10,00.

-Para aqueles que precisarem de autorizações faça o download da Autorização abaixo, levem-a assinada pelos responsáveis no dia 18 ou dia 25.
Autorização – VII Dia na USP.

-No dia 25/04 não haverá aula no Cursinho, nossa aula será na USP.

-No dia 25/04 levar o dinheiro da passagem no valor de R$7,00 (Ida e Volta), lanche para comer durante o dia, garrafinha de água e pedimos que os estudantes venham com roupas leves, pois, caminharemos na USP.

Em breve divulgaremos a programação.

Vem ai… O Simulado Aberto do Cursinho Popular Chico Mendes

Para os alunos que querem se preparar melhor para o Enem e demais vestibulares, o Cursinho Chico Mendes realizará seu simulado totalmente gratuito para os estudantes de Itapevi e região.

Para aqueles que não são alunos do nosso cursinho pedimos que realize sua inscrição.

A prova será aplicada no dia 02/08, com inicio às 13 horas, que será composta por 90 questões e uma redação.

Recomendações:

– Chegar 30 minutos antes no local em que irá realizar a prova, para evitar atrasos.
– Materiais: caneta, lápis e borracha.
– Traga lanche para comer durante a prova

 

Inscreva-se aqui!

6º Dia Na USP- Contra a ditadura do vestibular, mais vagas já!

No sábado, dia 12 de abril, aconteceu o 6º dia na USP, com a participação de cerca de 900 estudantes da escola pública, das mais diversas periferias, alunos negros, brancos, indígenas, dos cursinhos populares da Rede Emancipa.
A rede Emancipa e os alunos de escolas públicas, uniram-se para reivindicar o acesso à Universidade Pública, descentralização do acesso à educação de qualidade, de forma, que todos tenham acesso equitativo a uma educação Emancipadora. Durante as atividades houve o momento Edson Luís, um dos secundaristas assassinado por policiais militares, sua morte marcou o início de um ano truculento de intensas mobilizações contra o regime militar. 

Alunos do CursinhoCom o lema “Contra a Ditadura do vestibular, mais vagas já” os alunos percorreram as ruas da USP entoando palavras de ordem que pediam mais vagas para os alunos pobre e vindos de escolas publicas. Outra atividade foi à oficina de profissões, em que os alunos puderam aprofundar o conhecimento em cada profissão. Segundo relato de alunos, o dia na USP teve um papel crucial na formação social, em geral, os alunos não tinham conhecimento sobre o acesso livre à Universidade, e, muito menos que podem assistir a uma aula em Universidade sem estar matriculado. A visita só aumenta o desejo de ingressar em uma Universidade Pública. Os alunos deixam claro em suas palavras de ordem, entonação, cartazes, sorrisos, atitudes que, essa foi à primeira vez que entram na USP, mas que não será a última. Os emancipas levantam a bandeira da saúde, cultura e educação e afirmam “A nossa coragem é o medo deles”. Para finalizar as atividades e discussões politicas-educativas, como ninguém é de ferro, contaram com a participação da banda Bambuzal Reggae. A mensagem é clara e o recado foi dado “Se as Universidades Públicas não sobem o morro, o morro vai às Universidades”, alunos e a rede Emancipa seguem na luta pela educação que, transgrida os muros escolares, por mais acesso a cultural e Universidade para todos.

 

por Jéssica Santos 

Semana Edson Luís: a nossa coragem é o medo deles

Hoje em Itapevi (29/03) se realizou a primeira atividade sobre os 50 anos do golpe militar e sobre o estudante secundarista Edson Luís que reuniu cerca de 100 pessoas em uma das praças que é ponto de encontro da juventude da cidade para se reunir aos finais de semana e passar um tempo fora de casa. O Juntos! e o Cursinho Chico Mendes tiveram como ponto alto desta atividade a “ocupação” desta praça para fazer a introdução do que foi a Ditadura Militar para os estudantes de periferia que não aprendem dentro das escolas sobre esse período escuro da nossa história, e que até os dias de hoje ainda não sabemos de muitas das ocorrências que aconteciam na época.
Durante várias semanas equipes passaram nas escolas da região fazendo panfletagem chamando todos para essa atividade que sem dúvida entrou para a história da nossa região, houve uma grande demanda de organização, estrutura e tudo isso serviu para darmos um grande salto na construção e na organização das atividades.1975000_632906903425657_1971243184_n
A ocupação da praça com uma cultura que é feita pela periferia foi a principal atração após a nossa aula pública sobre a Ditadura Militar, houveram várias apresentações de nossos estudantes que cantaram, leram seus poemas e fizeram intervenções sobre esse tema ainda tão pouco abordado dentro das escolas.
O Juntos! e o Cursinho Chico Mendes realizaram círculos dentro do cursinho para dar início a essa série de debates que hoje serviu para mostrar para a juventude que já ocupava a praça que é possível sim se fazer cultura e se aprender muito com a nossa história.
Seguiremos sempre Juntos! ocupando as ruas e as praças dentro da periferia para revolucionar as nossas escolas e transformar o ambiente que vivemos de dentro pra fora!

A periferia é Edson Luís,
A periferia não se cala perante a Ditadura Militar.
A periferia é Fabricio, Claudia e Amarildo.
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“Se a mulher se comportasse haveria menos estupros”

Estudo do Ipea mostra que a população não tolera violência doméstica, mas aceita discurso de que a vítima é quem provoca a agressão

“Se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros”. “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. “Tem mulher que é pra casar, tem mulher que é pra cama”. “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

Frases como essa são aceitas, parcial ou totalmente, pela maioria dos brasileiros em pleno 2014. A conclusão, divulgada nesta quinta-feira 27, faz parte de uma pesquisa sobre tolerância social à violência contra mulheres realizada com 3.810 pessoas pelo Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Segundo o mesmo estudo, cerca de um terço dos brasileiros aceita, total ou parcialmente, ideias como a de que a mulher casada deve satisfazer o marido na cama, mesmo sem vontade (27%).

O resultado mostra alguns pontos aparentemente contraditórios no discurso sobre violência doméstica no Brasil. Por exemplo: a grande maioria dos entrevistados (78%) concorda “totalmente” com a prisão de maridos que batem em suas mulheres e refuta a ideia de que a violência é apenas uma manifestação da natureza masculina (75%).

O paradoxo, segundo os pesquisadores, é apenas aparente. A começar pela dificuldade em desmascarar os perigos de considerar essas agressões uma questão privada a ser resolvida na intimidade dos lares. Para 82% dos entrevistados, o que acontece com o casal em casa não interessa aos outros – portanto, tem menos possibilidades de ser verbalizado e tratado como crime. É aí que mora o perigo.

No discurso, o brasileiro tende a condenar veementemente a violência, física ou psicológica, mas ainda tem dificuldades em dissociar essa violência de um conjunto de normas socialmente aceitas. Essa dificuldade se revela sobretudo quando o tema é violência sexual. A diferença de postura de tolerância/intolerância à violência doméstica e à violência sexual, dizem os pesquisadores, reafirma a dificuldade de se estabelecer no Brasil uma agenda de direitos sexuais.

“Por maiores que tenham sido as transformações sociais nas últimas décadas, com as mulheres ocupando os espaços públicos, o ordenamento patriarcal permanece muito presente em nossa cultura e é cotidianamente reforçado na desvalorização de todas as características ligadas ao feminino, na violência doméstica, na aceitação da violência sexual”, conclui o estudo. “Causa espanto observar que 65% das pessoas que responderam à pesquisa concordam com a afirmação, nem um pouco sutil, de que ‘mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.'”

Segundo os pesquisadores, a culpabilização da mulher pela violência sexual fica evidente quando, por exemplo, 58% dos entrevistados dizem concordar “totalmente” com a afirmação de que ela só é vítima de agressão sexual por não se comportar de maneira adequada. “Por trás da afirmação está a noção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então, as mulheres, que os provocam, é que deveriam saber se comportar, e não os estupradores. A violência parece surgir como uma correção: ela merece e deve ser estuprada para aprender a se comportar. O acesso dos homens aos corpos das mulheres é livre se elas não impuserem barreiras, como se comportar e se vestir ‘adequadamente’”.

Toda mulher quer se casar. Esse retrato não surge do nada. Tem como base a aceitação de um modelo que coloca o homem omo “referência” em todos os espaços sociais. Nesse modelo, são os homens que detêm o poder público e o mando sobre o espaço doméstico – e sobre os corpos e vontades das mulheres.

Essa ideia fica evidente, por exemplo, quando 64% dos entrevistados dizem que “os homens devem ser a cabeça do lar” ou quando 79% afirmam que “toda mulher sonha em casar”.

Parecem frases inofensivas, mas não são. Por trás das afirmações, apontam os pesquisadores, está a ideia de que a mulher somente pode encontrar a plenitude em uma relação estável com um homem – ou que deve ser recatada sem almejar uma vida de solteira com muitos parceiros. Essa ideia, segundo o estudo, tem influência marcante da religião: católicos têm chances 1,5 vez maior de concordar com a afirmação de que toda mulher sonha em casar, e os evangélicos, 1,8. O índice cai, no entanto, entre grupos mais escolarizados. “Aqueles que consideram o homem como ‘cabeça do lar’ têm propensão maior a achar que a mulher é responsável pela violência sexual”, escrevem os autores.

Há uma tendência, no entanto, de discordar da ideia de que a mulher deve satisfazer as vontades do marido – o índice dos que refutam essa ideia (65%) é maior do que o de quem a aceita total ou parcialmente (41%). “Essa afirmação coloca subliminarmente a delicada questão do estupro no âmbito do casamento, um tabu resultante do confronto entre os comportamentos e desejos sexuais femininos e masculinos.”

A conclusão dos pesquisadores é que, de maneira geral, há hoje uma dificuldade em admitir posturas mais toleráveis à violência de gênero. “Resta saber se as práticas também seguem esse movimento, e os indícios parecem apontar que não.”

fonte: CARTA CAPITAL

7ª Aula Inaugural do Chicão, 2014 Promete!

No dia 22/02/2014, na cidade de Itapevi, realizamos nossa 7ª Aula Inaugural! Com muita alegria recebemos por volta de 190 jovens na Escola Municipal Tarsila do Amaral! Além dos estudantes, contamos com a presença de aproximadamente 20 professores e nossos ex-alunos que passaram no vestibular!

O Cursinho Popular Chico Mendes faz parte da Rede Emancipa – Movimento Social de Cursinho Populares, nosso foco é a inserção de estudantes egressos das escolas públicas nas faculdades e escolas técnicas , garantindo assim, a democratização do ensino superior.

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O Cursinho é gratuito e conta com diversos professores voluntários que tem como objetivo ensinar aos jovens uma educação para além do vestibular, uma educação que quebre as barreiras das universidades, professores esses que também moram nas grandes periferias da cidade, estudaram em escolas públicas e hoje estudam nas melhores faculdades do país.

Durante a aula inaugural o cursinho contou com a presença de seus ex-alunos, grande parte hoje cursando o ensino superior e que agregam à equipe de militantes da comissão de alunos do cursinho e a coordenação. Contamos com o núcleo do “Juntos! Nas escolas”, formado por estudantes que desejam transformar as escolas de dentro para fora, estudantes esses que lutam por uma educação que nos ensine a pensar, não a obedecer.

Deixamos nosso agradecimento à direção e aos funcionários da escola que contribuíram para que nosso ano se iniciasse com sucesso! Além de agradecer, parabenizamos a postura desta direção que apoia o projeto e compactua a ideia de que a educação é um direito de todos e feita para todos.

O Cursinho Popular Chico Mendes abre suas portas a todos e todas que desejam estudar, e assim, quebrar as barreiras que a sociedade nos impõe! Convidamos todos e todas à luta por uma educação digna, igualitária, pública e de qualidade!

2014 Promete!

Políticas de inclusão atreladas apenas ao vestibular são insuficientes

Apesar de importantes, as políticas de inclusão social ou de ação afirmativa no ensino superior atreladas somente ao vestibular – ou a processos seletivos como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) – são insuficientes para solucionar o problema da exclusão de jovens oriundos de escola pública.

Isso porque a exclusão nas universidades estaduais e federais ocorre antes mesmo do processo de seleção dos candidatos para os cursos de graduação. A avaliação foi feita por Marcelo Knobel, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), durante o simpósio Excellence in Higher Education, nos dias 23 e 24 de janeiro na Fapesp.

“O próprio funil do vestibular ou do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] já é excludente”, disse Knobel na palestra que proferiu no evento. “Menos de 5% dos estudantes que prestam o vestibular da Unicamp são aprovados.”

De acordo com Knobel, dos quase 500 mil jovens que concluem o ensino médio anualmente no Estado de São Paulo, aproximadamente 85% estudaram em escolas públicas e 15% em instituições privadas.

Já do total de estudantes que prestam vestibular para as principais universidades públicas do país a situação se inverte: na Unicamp, por exemplo, aproximadamente 70% são egressos de escolas privadas e 30% de instituições públicas.

“Essa inversão ocorre porque a grande massa de estudantes que concluem o ensino médio em escolas públicas não considera o ingresso em universidades públicas, pois sabe que tem pouca ou nenhuma chance de entrar nessas instituições”, afirmou Knobel, que integra a Coordenação Adjunta de Colaborações em Pesquisa da Fapesp.

A relação desigual se mantém mesmo com o aumento geral na procura por vagas. Na Unicamp, por exemplo, o número de interessados nos cursos de graduação cresceu quase 40% nos últimos cinco anos, segundo Knobel.

O número de inscritos no vestibular da universidade campineira saltou de 49 mil, em 2009, para 74 mil, este ano. O total de vagas, no entanto, manteve-se o mesmo: 3,3 mil vagas, para 69 cursos. “O dilema do acesso às universidades públicas é consequência do número ainda limitado de vagas que elas têm a oferecer, o que torna os processos de seleção intrinsecamente excludentes”, avaliou Knobel.

Ações afirmativas
De acordo com Knobel, graças a iniciativas de inclusão implementadas pela Unicamp nos últimos anos, como o PAAIS (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social) – criado em 2004 e que confere pontuação adicional no vestibular a candidatos oriundos de escolas públicas e que se declaram de minorias raciais –, foi possível manter em cerca de 30% o total de estudantes advindos do ensino público na instituição nos últimos anos.

O problema, no entanto, é que esse patamar se mantinha estático e ainda era alto o número de estudantes que não participavam do programa por iniciativa própria, disse o professor.

“Um estudo realizado entre 2008 e 2009 constatou que cerca de 60% das escolas públicas da cidade de Campinas nunca haviam colocado um aluno na Unicamp”, revelou.

Com base nesses dados, em 2011 a universidade campineira criou o ProFis (Programa de Formação Interdisciplinar Superior). Voltado exclusivamente a alunos egressos do ensino médio público, o programa piloto seleciona os melhores estudantes de escolas públicas da cidade de Campinas com base na nota que obtiveram no Enem.

A fim de assegurar uma distribuição equânime das vagas do programa entre as escolas públicas do município, é escolhido, no mínimo, um representante de cada uma das 96 instituições da rede pública de ensino médio de Campinas para participar do programa.

As vagas restantes são preenchidas seguindo a ordem de classificação no Enem e respeitando o limite máximo de dois alunos por escola.

“Apenas com base no critério de seleção pela nota obtida no Enem, provavelmente teríamos muitos alunos de uma determinada escola participando do programa e nenhum de outras instituições”, disse.

“Por isso utilizamos um critério que pode ser chamado de ‘cota geográfica’, por meio do qual selecionamos um representante de cada escola pública de Campinas”, detalhou Knobel, um dos idealizadores do programa.

Os estudantes selecionados cursam, durante dois anos, uma espécie de Liberal Arts College, comum em países como Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong, em que os alunos estudam diversas disciplinas, de diferentes áreas, e desenvolvem projetos de iniciação científica.

Ao concluir esse programa de formação superior, os estudantes recebem um certificado de curso sequencial e podem optar por um curso de graduação na Unicamp sem a necessidade de prestar vestibular.

A escolha da graduação é feita de acordo com o mérito, considerando as notas obtidas nas disciplinas obrigatórias do programa.

O estudante que obtém o primeiro lugar tem a opção de escolher o curso que quiser e os demais podem escolher as vagas remanescentes, de acordo com a respectiva ordem de classificação.

“Praticamente todos os cursos da Unicamp ofereceram vagas para esses estudantes egressos do programa, sem a necessidade de prestar vestibular”, contou Knobel.

“A medicina, por exemplo, ofereceu inicialmente duas vagas adicionais para egressos do ProFis. Eles gostaram tanto do programa que logo decidiram aumentar para cinco o número de vagas”, disse o professor.

Desafios do programa
Segundo ele, atualmente há aproximadamente mil estudantes de escolas públicas de Campinas que se candidatam a uma das 120 vagas oferecidas anualmente pelo ProFis.

Um dos principais desafios enfrentados pelo programa, que está em sua quarta turma, é que se trata de uma iniciativa nova e ainda pouco conhecida e compreendida pelos próprios estudantes, por suas famílias e empregadores.

Além disso, o ProFIS aumenta em dois anos a formação do estudante e compete com outras iniciativas, como o Prouni (Programa Universidade para Todos), do Governo Federal, apontou Knobel.

“Como são excelentes estudantes, eles têm vaga em universidades privadas, com bolsas do governo”, afirmou. “A fim de garantirmos o sucesso do programa, a Universidade dá uma bolsa para quase todos os alunos participantes, além de auxílio para o transporte e alimentação.”

Já dentro da universidade alguns desafios são lidar com estudantes com uma formação muito diferente do que os professores estavam acostumados.

Em geral, os alunos chegam com um nível muito ruim de conhecimento de matemática e de habilidade de escrita e interpretação de texto, disse Knobel.

“Os professores têm de ter um outro tipo de abordagem com esses alunos”, indicou. “Em contrapartida, há professores que não entendem direito a ideia de um curso com caráter multidisciplinar”, ponderou.

As desistências são menores do que a média da Unicamp e os resultados em termos de ação afirmativa do programa em comparação com estudantes que ingressaram na universidade por meio do vestibular também são muito animadores, afirmou Knobel.

As análises dos dados da primeira turma que concluiu o programa demonstram que enquanto a proporção de alunos autodeclarados negros, pardos e indígenas que ingressaram na Unicamp por intermédio do vestibular é de 24%, no caso do ProFis esse percentual chega a 40,8% e corresponde, exatamente, à distribuição dessa população na cidade de Campinas, de acordo com o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), comparou o professor.

“Diminuímos o percentual de estudantes brancos, que no vestibular normal da Unicamp é da ordem de 76%, simplesmente pelo critério de distribuição geográfica das vagas do ProFis”, afirmou Knobel.

Ainda de acordo com dados da primeira turma que concluiu o programa, quase 90% dos alunos participantes do programa não tinham pai ou mãe com ensino superior – enquanto 50% dos pais dos estudantes que entram na Unicamp por meio do vestibular cursaram ensino superior – e 80% deles tinham renda per capita média inferior a um salário mínimo.

“É um perfil de estudante muito pobre e que dificilmente entraria na Unicamp pela via do vestibular”, disse Knobel. Na avaliação dele, o modelo do programa pode ser interessante para ser replicado em outras universidades públicas brasileiras, com adaptações.

“Para a Unicamp, o ProFis é um programa pequeno e os custos são mínimos, porque os professores são voluntários e se encantaram com a ideia”, afirmou Knobel. “Se a USP, a Unesp e as universidades federais fizessem o mesmo poderíamos ter um movimento razoável.”

Inscrições abertas para os Cursinhos da Rede Emancipa

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Cursinhos da Rede Emancipa SP oferecem mais 1.000 vagas para estudantes nas turmas de fevereiro de 2014. 

Você já pensou em estudar gratuitamente para os vestibulares da USP, UNESP e UNICAMP e para o ENEM, que dá acesso a dezenas de universidades públicas e particulares no país?

Os cursinhos populares pré-universitários da Rede Emancipa são TOTALMENTE GRATUITOS, tem duração de um ano letivo e oferecem aulas preparatórias para os exames das universidades públicas e particulares, ETECs e FATECs.

Em 2013,  mais de 130 estudantes da Rede Emancipa SP foram aprovados em universidades e faculdades!

A Rede Emancipa é um movimento social de educação popular que desde 2007  luta pela democratização do acesso à universidade, pelo direito à cidade e por uma educação emancipadora.

Turmas: Extensivo – duração de 11 meses.

Horários: Aos sábados em período integral.

Público-alvo: Estudantes que cursam ou cursaram o ensino médio em escola pública. Não há restrições de idade.

Valor: TOTALMENTE gratuito. Não há taxa de inscrição, matrícula nem mensalidade.

Inscrição e matrícula: As inscrições ocorrerão somente pela internet, no siteredeemancipa.org.br. Após se inscrever o estudante deve comparecer no na aula unificada e confirmar a sua matrícula.

Currículo: Fazem parte do currículo da Rede Emancipa as  matérias do ensino médio, além de círculos de debates, atividades culturais, saraus, visitas a museus e cinemas, atividades nas universidades, atos e mesas de discussão, oficinas e cursos de formação entre outras atividades.

Matérias: Português, inglês, espanhol, redação, matemática, física, química, biologia, geografia, história, filosofia e sociologia.

Acessibilidade: Alguns cursinhos possuem acesso para deficiente. Consulte o coordenador da unidade desejada.